segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pão mordido

Cada dia que se passava eu detestava mais as pessoas, algo me incomodava, não sabia se era o cheiro delas, ou o jeito dedutível de ser, isso também se refere a mim.
Nunca gostei muito dessa idéia de ir as missas agradecer a Deus pelo que tenho, posso fazer isso em casa mesmo, sem precisar ouvir aquele bla bla bla todo de um velho que está nem aí para o que eu faço ou deixo de fazer, e apenas vai falar "reze 10 ave maria e 15 pai nosso, você estará perdoado", quanto besteira, aquilo realmente me enchia.
Gostava de passar as tardes de domingo em algum bar, sentado, tomando uma cerveja gelada e apenas apreciando a depressão ou alegria alheia. As pessoas costumam agir de maneira estranha quando agem com naturalidade, elas riem alto, batem na mesa, dão risada, deixam escorrer lagrimas sem se envergonhar ou se preocupar se estão sendo vistas, muito ao contrario de quando sabem que estão sendo observadas, elas se calam, ficam fechadas como uma caixa forte de banco, estaticas, mudas, totalmente sem alma.
E muitas vezes me punha a pensar, será que tem alguém me observando, e se tiver , o que será que essa pessoa pensa de mim? É inevitavel, por mais que não me importasse, eu queria saber, o que pensavam e por quê pensavam aquilo, se pensassem algo. Ou seria eu tão invisvel aos olhos das outras pessoas, que nem notavem minha presença?
-Mais uma cerveja por favor!

Um comentário:

  1. Devem pensar a mesma coisa que você pensa deles, mas claro, em um nível intelectual mais baixo.

    Beijos!
    Anita

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