domingo, 26 de julho de 2009

Garfos a mesa

A vida não estava sorrindo pra mim já havia alguns bons dias. Tudo de errado acontecia, desde pisar na merda até tomar cerveja quente.
Estava trabalhando em uma loja de roupas, como vendedor, particularmente eu sempre detestei esse lance de empurrar para os outros aquilo que eles não precisavam, mais era pago pra isso, e particularmente me achava bom nisso. Melhor ainda, só mesmo a outra funcionaria, ela era caixa, uma graça, um sorriso angelical, um olhar de menina mas tinha seus 27 anos, seu nome era Joana. Ela não dava bola pra mim de jeito algum. Vai ver que meu mau humor e minhas ironias não agradavam ela, um certo dia ela me perguntou:
- Esses oculos ficam bem em mim?
- Sim, ficam, dão aquele ar de professora de prézinho sensual.
-Credo
- Não era isso que você queria ouvir?!
- Não exatamente!
- O sim, desculpe.
- Sem problemas.
Eu sabia que no fundo ela gostava das putarias todas que eu falava, certa vez perguntei se ela tinha namorado, de uma maneira muito discreta.
- Joana, você transa todo dia com seu namorado?
- Não tenho namorado.
- Então transa todo dia?!
Ela não me respondeu, mais eu insistia, ela exalava safadesa.
- Joana, vamos para o meu apartamento hoje?
-Fazer o que?!
-Tomar um vinho, uma vodka, comer algo, qualquer coisa o que isso importa, ambos sabemos no que vai terminar.
-Pode ser, eu vou, mas vou embora antes da parte "ambos sabemos no que vai terminar".
Comprei uma boa garrafa de vodka, limpei a casa, troquei a roupa de cama, aluguei filmes. Seria um ótima noite.
A vida realmente não estava sorrindo pra mim.

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